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segunda-feira, 10 de outubro de 2016
QUESTÃO DE PARASITOLOGIA
1) (UFC) Leia o texto a seguir. “A recente infecção de pessoas pelo Trypanossoma cruzi, em Santa Catarina, com três mortes, chamou a atenção de todo o país para a Doença de Chagas. (...). Triatomídeos foram triturados juntamente com os caules de cana-de-açúcar e ingeridos diretamente pelos seres humanos, ocorrendo a infecção pela via digestiva. (...). Historicamente, no estado de Santa Catarina, foram identificadas três espécies silvestres de triatomídeos e uma espécie doméstica, esta última erradicada do estado no início dos anos 80”. (M. Steindel, J.C.P. Dias, A.J. Romanha 2005).
Considerando o texto acima, responda:
I. Qual o reino do agente infectante?
II. Levando-se em consideração que o estado de Santa Catarina não é uma região de endemismo da doença em seres humanos, como se explica o surgimento de triatomídeos contaminados?
III. Analise o ciclo de vida do agente infectante ilustrado abaixo.
Com base no local de infecção do parasito, explique o porquê das diferenças morfológicas entre as formas epimastigota e amastigota.
RESPOSTA
1) O agente infectante, Tripanossoma cruzi, pertence ao Reino Protista e é um protozoário flagelado. Estudos iniciados nos anos 60, em Santa Catarina (SUCAM, UFSC) constataram a existência do ciclo silvestre do T. cruzi. Foram identificadas três espécies silvestres e uma doméstica de triatomídeos, esta última erradicada na década de 80. O Tripananossoma cruzi infecta mamíferos marsupiais, como gambás e cuícas, e ainda roedores e morcegos. O índice de infecção natural encontrado em gambás foi de 23,5%. Os triatomídeos silvestres foram triturados juntamente com os caules da cana-de-açúcar e ingeridos diretamente pelos seres humanos, ocorrendo a infecção pela via digestiva. O T. cruzi apresenta três formas distintas, denominadas epimastigota, tripomastigota e amastigota. As duas primeiras formas são alongadas e têm um longo filamento com função motora, o flagelo, enquanto que a forma amastigota é em geral ovóide e sem flagelo. O T. cruzi vive no interior do intestino do barbeiro na forma epimastigota e se multiplica por fissão binária. Posteriormente, diferencia-se na forma infectante ou epimastigota. A forma infectante invade os tecidos do hospedeiro, torna-se amastigota e multiplica-se por fissões binárias. Após cinco dias, a forma amastigota sofre um alongamento e se transforma em tripomastigota a qual, por sua motilidade, provoca rompimento da célula e a conseqüente liberação do parasito para o meio extracelular e a corrente sanguínea, disseminando-se pelo organismo.
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