Parque Chico Mendes
07/12/2009 23:54:00
Situado em área de restinga, na planície arenosa da Baixada de Jacarepaguá, o Parque foi criado com o objetivo de preservar a Lagoinha das Tachas e seu entorno, local de ocorrência de espécies de fauna e flora consideradas raras e ameaçadas de extinção.
A manutenção das condições naturais do Parque permite a sobrevivência do Jacaré-de-papo-amarelo um dos principais moradores do local.
Em 1989 através do Decreto Municipal 8.452 foi criado o Parque Natural Municipal Chico Mendes nome dado em homenagem ao líder seringueiro do Acre que lutou pela preservação da Floresta Amazônica.
À partir de sua criação, o Parque Chico Mendes vem sendo beneficiado pela recuperação de sua flora com o plantio de mudas de árvores nativas da restinga e de Mata Atlântica.
A administração do Parque está à cargo da Fundação RIOZOO e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ambos ligados à Prefeitura do Rio.
A área do Parque é de 40 hectares onde o visitante tem acesso a quase cinco quilometros de trilhas, espaço para lazer e educação ambiental. O Parque Chico Mendes está aberto de terça à domingo de 8 às 17hs e a entrada é franca. As visitas guiadas são de 3a à 6a em dois horários (10 e 14hs).
COMO CHEGAR
O Parque Natural Municipal Chico Mendes está localizado na Avenida Jarbas de Carvalho, 679, no Pontal de Sernambetiba. Telefone de contato: 24376400.
EDIFICAÇÕES E MONUMENTOS
O Parque Natural Municipal Chico Mendes está localizado na Avenida Jarbas de Carvalho, 679, no Pontal de Sernambetiba. Telefone de contato: 24376400.
O JACARÉ-DE-PAPO-AMARELO
A sobrevivência do Jacaré-de-papo-amarelo vem sendo constantemente ameaçada devido à contínua destruição dos habitats de ocorrência da espécie que são as várzeas dos rios, lagoas, mangues e restingas brejosas. A caça também contribuiu ao longo dos anos para o declínio da espécie.
A planície ou baixada de Jacarepaguá é atualmente um local onde ainda sobrevive o Jacaré. A Lagoinha das Tachas é formada por água doce e é um dos locais onde o jacare-de-papo-amarelo encontra proteção. Esta lagoa tem 120 mil metros quadrados o equivalente a 11 campos de futebol. Neste ambiente ele encontra vegetação paludícola onde pode ser abrigar e nas margens da lagoa construir seu ninho. Este último feito de folhas, gravetos e materiais vegetais disponíveis na beira da lagoa é construído somente pela fêmea.
Os ovos do Jacaré-de-papo-amarelo costumam ser colocados em duas camadas, para favorecer diferenças de temperatura e promover a variação entre machos e fêmeas. O período de incubação é de 70-80 dias ( postura de 17 a 50 ovos) e as fêmeas ajudam os filhotes no nascimento e carrega-os para a água onde ficam pacientemente tomando conta.
Alimenta-se de peixes, aves aquáticas e pequenos mamíferos. Seu alimento principal são certos moluscos gastrópodes disseminadores de algumas moléstias nas populações ribeirinhas.
O Jacaré-de-papo-amarelo tem vida quase que exclusivamente aquática. Sai para caçar principalmente à noite e, durante parte do dia, forma grupos para tomar sol. Ele vive aproximadamente 50 anos e mede em média 1,5 a 2,5 metros.
RESTINGAS
A Restinga é um ecossistema bastante atraente para a fauna não só porque se caracteriza por uma grande diversidade de espécies vegetais, mas principalmente, porque produz flores e frutos o ano inteiro.
A Restinga é um ambiente característico de Mata Atlântica. A luz solar é um fator sempre presente fazendo com que a temperatura seja sempre elevada. Em resumo, as restingas são ambientes de muita luz, muita areia e pouca água.. Estas características facilitam a presença dos répteis mas dificulta a presença dos mamíferos. Já para as aves o ambiente é bastante propício. Sem falar nos insetos que encontram nas restingas um ambiente adequado para seu desenvolvimento principalmente com relação às borboletas e lavadeiras.
No sentido mais amplo o termo restinga é usado indicando o ecossistema logo após o oceano. Este ecossistema compreende quatro zonas distintas: zona litorânea, a mais próxima do mar onde desenvolve-se a Ipomoea (Feijão-da-Praia) . A zona de mitas, onde desenvolvem-se as Clúsias, Aroeiras, Guriri, etc... A zona da mata, onde encontram-se árvores de médio a grande porte e onde está a maior concentração de bromélias. A zona de brejos (lagoas) onde desenvolvem-se as plantas aquáticas como as Taboas.
A palavra restinga vem do Tupi-Guarani que significa “Areia-branca”. Com todos estes fatores as plantas, principalmente, sofreram adaptações para ser possível viver neste ambiente como é o caso típico dos cactos.
FAUNA E FLORA DO PARQUE CHICO MENDES
É bastante Parque a presença da Clúsia ou Cebola-da-Praia e árvores como a Aroeira e a Pintanga. Estas duas últimas espécies, importante alimento para Sanhaços, Tiês e Saíras.
A Figueira-vermelha espécie de Mata Atlântica, é encontrada no Parque Chico Mendes e serve de alimento para Preguiças, Morcegos e várias aves. A figueira-vernelha é uma árvore frondosa e utiliza raízes adaptadas que se fixam no solo arenoso.
Além do jacaré, o Parque é um local rico em lagartos tais como o Teiú, o Ameiva e o Calango. Estes animais são fáceis de serem observados pois deixam marcas na areia quando estão se deslocando de um lado para outro. Dentre os mamíferos podemos observar além da Preguiça, o Gambá e a Capivara. As restinga de um modo em geral são pobres em mamíferos mas alguns deles deixam marcas no solo (pegadas, rastros e fezes).
O Parque Chico Mendes é rico em avifauna possuindo cerca de 120 espécies já observadas. Galinhas d’água, Frango d’água, Jaçanã ou Cafezinho, Sabiás, Tiê-Sangue, Rolinha-da-Restinga e uma outra infinidade de passarinhos podem ser vistos e/ou ouvidos em uma visita ao Parque.
No Parque Chico Mendes já foram descritas cerca de 100 espécies de borboletas que são consideradas bio-indicadoras de um meio ambiente saudável. A Borboleta-da-praia, por exemplo, pode ser observada atualmente com bastante frequência no Parque Chico Mendes. Ela tem hábito solitário e põe somente um ovo que leva aproximadamente 3 dias para eclodir. As lagartas alimentam-se das folhas da “Jarrinha” e os adultos de néctar das flores e de frutas.
RECINTOS DA EXPOSIÇÃO
O Parque Chico Mendes cumprindo seu papel educativo apresenta durante a visita, alguns animais que são os jabutis, jibóias, cágados de água doce e os jacarés. Estes animais procedentes de cativeiro estão no Parque somente para que o visitante possa ver de perto estes animais de modo a conhece-los melhor. Este contato é muito importante para que o visitante fique sensível quanto à necessidade de proteger os animais que ainda vivem na natureza.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Os Parques são áreas de domínio público destinados à visitação e ao lazer. Os Parque têm uma grande importância ecológica, histórica e paisagística.
Eles oferecem oportunidades únicas para a educação ambiental, procurando transmitir conhecimentos, valores, experiências permitindo que os visitantes se sensibilizem em relação a preservação do meio ambiente.
VISTAS GUIADAS
Através de agendamento, o Parque oferece visitas guiadas, cursos, palestras e oficinas de desenho e pintura.
O Parque possui um roteiro básico de visitação que é apresentado a grupos diversos (estudantes ou não) onde conhecimentos sobre fauna e flora são expostos de maneira bastante simples e de fácil compreensão.
Durante a visita guiada, normas de visitação e de conservação do Parque são abordados para que os animais e as plantas sejam observados sem agressões e mostrando que a conservação do ambiente depende unicamente do comportamento do visitante.
PESQUISAS
O Parque Chico Mendes oferece um ambiente excelente para o desenvolvimento de pesquisas na área de fauna, flora e meio ambiente de uma forma geral. A Secretaria de Meio Ambiente possui a resolução de número 85 (16 de março de 2001) que dispõe sobre os procedimentos para a emissão de autorização para pesquisas científicas nas Unidades de Conservação Ambiental municipais e dá outras providências.
Para requerer esta autorização é necessária a seguinte documentação:
1 - Formulário preenchido (disponível na Gerência de Unidades de Conservação/SMAC/Prefeitura do Rio);
2 - Curriculum Vitae;
3 - Declaração da Instituição a que pertence avalizando o pedido;
4 - Programa de atividades contendo descrição detalhada:
a. Objetivo e justificativas da pesquisa;
b. Indicação do grupo taxonômico de interesse e/ou outros;
c. Metodologia de pesquisa;
d. Equipamento de coleta ou captura, quando houver;
e. Coleção e/ou laboratório de destino para o material coletado;
f. Cronograma de atividades;
g. Indicação das áreas de interesse da pesquisa;
b. Indicação do grupo taxonômico de interesse e/ou outros;
c. Metodologia de pesquisa;
d. Equipamento de coleta ou captura, quando houver;
e. Coleção e/ou laboratório de destino para o material coletado;
f. Cronograma de atividades;
g. Indicação das áreas de interesse da pesquisa;
Nenhum comentário:
Postar um comentário