Leishmaniose
O calazar é a
segunda doença parasitária que mais mata no mundo – apenas a malária é mais
mortal. Assim como a doença de Chagas e a doença do sono, o calazar é uma das
mais perigosas doenças tropicais negligenciadas (DTNs).
A
leishmaniose visceral (VL), também conhecida como Calazar é a forma mais grave da
leishmaniose, sendo a segunda doença parasitária que mais mata no mundo (apenas
a malária é mais mortal). Assim como a doença de Chagas e a doença do sono, o
Calazar é uma das doenças tropicais negligenciadas (DTNs) mais perigosas, que, se não for tratada, chega a ser fatal
em mais de 95% dos casos
O
calazar é endêmico em 47 países e aproximadamente 200 milhões de pessoas correm
o risco de serem infectadas. É altamente endêmica no subcontinente indiano e no
leste da África. Estima-se que 200 a 400 mil novos casos de VL ocorram
anualmente no mundo. Mais de 90% dos novos casos ocorrem em 6 países:
Bangladesh, Brasil,
Etiópia, Índia, Sudão do Sul e Sudão.
O
que causa o calazar?
A
leishmaniose é causada pelo protozoário parasita Leishmania que é transmitido pela picada de mosquitos
infectados. O parasita ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção
inicial, a doença pode evoluir para uma forma visceral mais grave, que é quase
sempre fatal se não for tratada.
A doença afeta algumas das pessoas mais pobres do mundo e está
associada à desnutrição, deslocamento de população, condições precárias de
habitação, um sistema imunológico fraco e falta de recursos financeiros. A Leishmaniose,
em geral, também está ligada a mudanças ambientais como o desmatamento,
construção de barragens, sistemas de irrigação e urbanização.
Sintomas
do calazar
Inicialmente, os parasitas da leishmaniose causam feridas no
local da picada do mosquito. A doença, quando progride, se manifesta de dois a
oito meses após a infecção com e se caracteriza por acessos irregulares de
febre, perda de peso, fraqueza, aumento do baço e do fígado, e anemia.
Diagnosticando
o Calazar
O diagnóstico e realizado combinando os signos clínicos com os
testes serológicos e parasitológicos. Os testes mais efetivos para diagnóstico
de leishmaniose são invasivos pois demandam amostras de tecido, gânglios
linfáticos ou da medula espinhal. Esses testes requerem instalações laboratoriais
e especialistas que não estão disponíveis imediatamente em áreas endêmicas e
com poucos recursos.
O método mais comum para diagnosticar o Calazar é o teste da
tira reagente. Entretanto, esse método é muito problemático. Em áreas
endêmicas, pessoas podem ser infectadas pelo calazar, mas podem não desenvolver
a doença. Assim, nenhum tratamento será demandado.
Infelizmente, o teste da tira reagente detecta apenas se o
paciente é imune ao calazar. Então, se o parasita estiver presente, o teste vai
apontar que a pessoa tem a doença. Por isso, não pode ser usado para verificar
se o paciente está curado, se foi reinfectado ou se teve uma recaída.
Tratando
o calazar
O Calazar é uma doença tratável e curável. Todos os pacientes
diagnosticados precisam tratamento rápido e completo.
Existem diferentes opções de tratamento para o Calazar, com
efetividade e efeitos colaterais variados. Antimônios penta valentes são,
normalmente, o grupo de medicamentos de primeira linha, administrados como
tratamento de 30 dias de injeções intramusculares. Enquanto antimônios são
bastante tóxicos e representam um risco aos pacientes que recebem o tratamento,
aqueles que são curados do Calazar quase sempre desenvolvem imunidade
vitalícia. Pesquisadores esperam identificar formas de simplificar os regimes
de tratamento, melhorar a segurança e reduzir o risco de resistência a
medicamentos.
Desde 1989, MSF tratou cerca de 100 mil pacientes com calazar. MSF
também está em campanha para que mais pesquisas sobre técnicas de diagnóstico
adequadas e medicamentos com preços acessíveis sejam desenvolvidos para tratar
essa doença negligenciada.
Com
a ajuda de nossos doadores, nós tratamos mais de 100 mil pessoas com a doença
desde 1988. Em
2015, MSF tratou 5.400 pessoas afetadas pela doença.
BIBLIOGRAFIA:
COMPILADO
http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/leishmaniose
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